O Governo Lula dá como certa a derrota no Congresso dos vetos do marco temporal, e aposta no Supremo Tribunal Federal (STF) para barrar a tese, já considerada inconstitucional pela Suprema Corte.
Dando a entender que o Governo, realizou os vetos do marco temporal já contando com a derrota tanto na câmara como no senado, lideranças indígenas do Brasil inteiro suspeitam que essa desistência do governo pelos vetos, foi uma forma de negociação realizada contra suas vidas, seus territórios e seus direitos.
Importante ressaltar que no seu período de campanha eleitoral, que inclusive chegou a passar pelo palco do Acampamento Terra Livre 2022, o atual presidente se mostrou sensível e favorável às lutas travadas pelo movimento indígena, chegando a firmar o compromisso de demarcar 13 T.Is já nos primeiros 100 dias de atuação governamental, porém os povos originários desse país tem vivenciado uma realidade diferente.
Mesmo a votação dos vetos no Congresso, ter sido adiada desse dia 9/11 para o dia 23/11, a notícia que o governo tem como certo a derrota, caiu como uma pedra na cabeça de todos os povos indígenas, causando um misto de tristezas, indignação, frustração e revolta.
A derrubada dos vetos significa a validação do Marco temporal, permitindo, por exemplo, a mineração em terras indígenas, o plantio de transgênicos, o incentivo de grandes empreendimentos nas áreas indígenas, a possibilidade que qualquer pessoa venha questionar o processo demarcatório de terras indígenas, entre outras falésias que podem se tornar lei contra a vida e existência dos povos indígenas,nossos territórios não são moedas de troca.
Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do NE, MG e ES-APOINME reitera e reforça seu descontentamento com o atual cenário político que se instala, mais uma vez alimentamos a expectativa de que as ações do Presidente da República fossem condizentes com os seus discursos em defesa e proteção dos direitos Indígenas, Seguimos cobrando por DEMARCAÇÃO das terras indígenas da nossa área de abrangência e de todo país, um direito já garantido desde a Constituição de 1988 e que não vem sendo cumprido na sua totalidade a demarcação não é apenas uma questão de justiça, mas de sobrevivência.
Por Comunicação APOINME
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