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I Encontro de Cultura Alimentar dos Povos Indígenas do Ceará.

De 22 à 25 de Junho acontece no Território Cariri de Poço Dantas(Crato- CE),O I Encontro de Cultura Alimentar dos Povos Indígenas do Ceará. Que conta com a participação dos 15 povos do Estado que durante esses dias dialogaram sobre a culinária alimentar dos seus povos,com produção de comidas típicas e muita troca de saberes tradicionais da terra. A realização dessa atividade é pioneira no estado do Ceará, ao abrir esse debate acerca da biodiversidade e tradicionalidade dos alimentos dos Povos do Ceará. Por Comunicação APOINME :@Babim_tremembe Realizadores:@povo_cariri @cojice Nos sigam em nossas redes sociais Instagram @apoinme_brasil e @apiboficial Twitter @ApoinmeOficial Site apoinme.org YouTube Apoinme Oficial #MarcoTemporalNÃO #APOINMEcontraoMarcoTemporal #DemarcaçãoJá #DemarcaçãoÉDemocracia #Muitaterraprapoucofazendeiro #NossoDireitoÉOriginário

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Museu da Imagem e do Som do Ceará abre exposição de arte indígena antirracista neste sábado (29)

A exposição “Hãhãw: arte indígena antirracista” retrata uma visão contemporânea da cultura dos povos originários   O Museu da Imagem e do Som do Ceará (MIS CE) lança, neste sábado (29), a nova exposição “Hãhãw: arte indigena antirracista”. A mostra ocupará o andar +2 do Anexo do museu, retratando a voz e expressão de mais de 20 artistas de etnias e contextos diversos de todo o país. O MIS integra a Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, com gestão parceira do Instituto Mirante.     Aberta ao público, as obras apresentam formas de resistências, direitos e lutas contra o racismo e genocídio sobre os povos indigenas. O lançamento da exposição contará com as presenças dos artistas curadores Yacunã Tuxá, Merremii Karão Jaguaribaras e Rodrigo Tremembé e do professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Felipe Milanez.    A programação da abertura da mostra ainda é composta pela exibição da obra “Céu Tupinambá”, da artista Glicéria Tupinambá; pela performance do artista curador, Ziel Karapotó, com a obra “Ritual para devorar o coração de Dom Pedro”; e pelo cortejo e ritual de Toré com o povo Pitaguary. O evento contará ainda com discotecagem do DJ Rapha Anacé.   Sobre a exposição   Fruto do projeto de pesquisa Culturas de Antirracismo na América Latina (CARLA), sediado na Universidade de Manchester (Reino Unido), em colaboração com a Universidade Federal da Bahia, a Universidade Nacional da Colômbia e a Universidade Nacional de San Martin (Argentina), a exposição estreou em novembro de 2022 no Museu de Arte Sacra da Bahia e continua em itinerância pelas comunidades de origem dos artistas e espaços culturais nacionais.   A exibição conta com nomes como:  Antônia Kanindé, Arissana Pataxó, Barbara Matias Kariri, Débora Anacé, Denilson Baniwa, Glicéria Tupinambá, Graciela Guarani, Gustavo Caboco, Irekran Kayapó, Juliana Xukuru, Merremii Karão Jaguaribaras, Naine Terena, Olinda Yawar Tupinambá, Paulo Karão Jaguaribaras, Rodrigo Tremembé, Vitor Tuxá, Yacunã Tuxá e Ziel Karapotó. Juntos, prestam homenagem aos artistas Benício Pitaguary e MBeni Waré, cujo legado inspira e enriquece essa exposição.   Serviço MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DO CEARÁ  Endereço: Av. Barão de Studart, 410. Meireles. Funcionamento:  Quarta e quinta: 10h às 18h, com acesso às exposições até 17h30.  Sexta a domingo: 13h às 20h, com acesso às exposições até 19h30.  Entrada: gratuita. – Lançamento da exposição “Hãhãw: Arte indígena antirracista” Exibição da obra “Céu Tupinambá”, da artista Glicéria Tupinambá; Performance do artista curador, Ziel Karapotó, com a obra “Ritual para devorar o coração de Dom Pedro”; Cortejo e ritual de Toré com o povo Pitaguary; Discotecagem com DJ Rapha Anacé.  Data: 29 de julho (sábado) Horário: a partir de 17h Local: Sala imersiva e Praça do MIS   Assessoria de Comunicação do MIS: Wládia Costa – wladiacosta.mis@institutomirante.org 

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Festival indígena celebra a cultura Pataxó na Vila de Itaúnas

A Aldeia Jacó Pataxó, na vila de Itaúnas, Espírito Santo, receberá o I Festival de Samba Indígena e Cultura Pataxó entre os dias 7 e 10 de setembro. O evento será uma celebração da cultura indígena e contará com atrações da cultura tradicional da Vila, além do Awê, performances do samba de raiz, degustação da culinária medicinal, feira agroecológica com legumes e verduras produzidos na região, produtos extrativistas artesanais, feira de artesanato, pinturas corporais, ervas medicinais e outras atrações. O festival faz parte de um projeto do grupo Marujos Pataxó, que lançará seu primeiro álbum este ano, com a produção musical de Lenis Rino (Fernanda Takai, Matheus Aleluia, Tatá Aeroplano, Palavra Cantada), masterização de Tejo Damasceno (BNegão e os Seletores de Frequência, Sabotage, Instituto) e apoio do Natura Musical. Os Marujos Pataxó atuam pelo reconhecimento da influência indígena na criação do samba brasileiro, promovendo o samba indígena de raiz. Muitas vezes, a contribuição dos povos originários para o que consideramos brasileiro é invisibilizada. Isso ocorre na vida pública, na língua, nos costumes, na culinária, na medicina, na arte e na música. Presentes na formação do gênero no sul da Bahia, as tradições percussivas e rítmicas seguem preservadas na Aldeia Mãe Barra Velha, no território Pataxó, onde o samba é um ritual sagrado no qual os indígenas expressam sua fé e cultura com originalidade, passando de geração em geração através de músicas que retratam a natureza e a vida no campo. O território, que conta com o Parque Nacional do Monte Pascoal e fica tão perto de onde começou a invasão em 1500, foi o primeiro aldeamento do Brasil e já consta com 523 anos de resistência. Depois do trágico massacre ocorrido em 1951, houve uma diáspora do povo Pataxó por diversos pontos do país, que ainda enxergam aquela aldeia e região como parte de suas raízes. Um retrato da resiliência e da força, a cultura do povo Pataxó segue firme apesar de massacres, dores e de mais de quinhentos anos de invasões sofridas. Assim, a Aldeia Jacó Pataxó, em Itaúnas, também é símbolo desta resiliência. Fruto da diáspora do chamado “fogo de 1951”, esta é a primeira vez que o local receberá a marujada e além de toda celebração da cultura indígena Pataxó, este será um grande encontro entre os parentes que foram separados pela violência da colonização. O preconceito é uma forma constante e invisível de repressão, experimentada por muitos, mas debatida por poucos. O Festival é uma grande oportunidade de mostrar para o Brasil como os povos indígenas guardam verdadeiros tesouros culturais. Seja através da música, do artesanato, da culinária, da medicina e da história há muita coisa interessante para compartilhar. O Festival em Itaúnas é perfeito para essa imersão cultural e certamente o público irá se surpreender com a força do samba indígena Pataxó e com a história desse povo guerreiro que emana cultura, força e resistência.   Confira as atrações: MÚSICA Pataxó: apresentação do samba indígena que é patrimônio histórico do município de Porto seguro;   ARTESANATO (Exposição): valorização do Artesanato indígena com as biojóias produzidas com sementes nativas brasileiras. Diferentemente das jóias convencionais feitas com metais que promovem a destruição e poluição do meio ambiente; as biojóias indigenas são produzidas com matéria prima natural e ecológica, pois os povos indígenas plantam muitas árvores e plantas nativas para utilizar as sementes na sua confecção de seu artesanato promovendo o reflorestamento e a preservação do meio ambiente e ao mesmo tempo produzindo verdadeiras obras de arte que merecem ser apreciadas e valorizadas; PINTURA CORPORAL: através da oficina de Pintura indígena o público poderá apreciar os grafismos do povo Pataxó com pinturas belíssimas feitas por artistas supertalentosos com a tinta natural feita com carvão e o sumo da fruta Genipapo; PALESTRAS: aprendendo na prática e assistindo as palestras sobre a história da Aldeia Mãe, do povo Pataxó, da história do samba indígena as pessoas irão aprender e valorizar a luta desse povo que recebeu os portugueses há 523 anos atrás MEDICINA NATURAL ANCESTRAL: certamente uma das coisas que realmente falta na educação básica no Brasil é aprender o nome das plantas e para que elas servem. Através da oficina das plantas medicinais ou ouvintes poderão aprender o nome, ver as plantas (fotos e amostras) e aprender as propriedades de plantas medicinais brasileiras básicas importantes que são utilizadas por muitos povos indígenas para tratar enfermidades comuns como inflamações, infecções, febre, diarreia e outras doenças CINEMA: através da exibição do documentário “Sambadores e sambadeiras da Aldeia Mãe – Raíz indígena do samba Brasileiro” daremos a oportunidade do público visualizar a Aldeia Mãe e conhecer um pouco mais sobre o samba indígena Pataxó e sua história CULINÁRIA TRADICIONAL: muitas pessoas desconhecem, mas os povos indígenas brasileiros influenciaram muito a culinária popular brasileira e através de uma oficina iremos apresentar um pouco dessa riqueza saborosa e das propriedades nutricionais de plantas e alimentos nativos brasileiros.  

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28 de Junho-DIA INTERNACIONAL DO ORGULHO LGBTQIA+

O dia do Orgulho LGBTQIA+ serve para refletimos e trazer para a discussão o contexto histórico vivido até então  pelo que a sociedade julgava como minorias  para chegar aos dias de hoje. Sabemos que ainda há um longo caminho em busca de respeito, fim do preconceito, melhores oportunidades de trabalho e reconhecimento para esse movimento. Uma data que se celebra mundialmente a cada 28 de junho a partir das rebeliões de Stonewall de 1969, para reafirmar o sentimento de orgulho sobre as orientações sexuais e identidades de gênero tipicamente marginalizadas, reprimidas, visibilizando a presença na sociedade e suas reivindicações. Nos últimos anos indígenas LGBTQIA+ se fizeram presentes na luta, entendendo que o Brasil é um dos países que mais mata pessoas LGBTQIA+,o movimento social indígena trouxe para si a pauta do orgulho como forma de luta e resistencia. Infelizmente o sangue LGBTQIA + continua a ser derramado, na sociedade, Inclusive, devido aos processos coloniais, dentro de nossas comunidades e territórios. Por isso, no mês de orgulho é nosso dever de levantarmos essa bandeira e reafirmamos a importância da pauta dentro do movimento indígena em busca de uma sociedade  que respeite e garanta os direitos e a cidadania de todos, todas e todes. Sendo assim, a Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito  Santo – APOINME, nesse dia histórico parabeniza a todes por resistirem e lutarem todos os dias pelos seus direitos e principalmente pela vida. E DIGAM A TODES QUE AVANCEM, AVANÇAREMOS. Por Comunicação APOINME Nos sigam em nossas redes sociais Instagram @apoinme_brasil e @apiboficial Twitter @ApoinmeOficial Site apoinme.org YouTube Apoinme Oficial #vidaslgbtqia+importam #28demaisluta #resistência

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POR QUE O MARCO TEMPORAL E A PL 490 (PL 2903 no Senado) TAMBÉM SÃO QUESTÕES DE SAÚDE PÚBLICA?

É comum pensarmos em saúde como ausências: ausência de doenças, ausência de dores, ausência de contaminação etc. Essa noção se baseia em um padrão de existência e de ser humano limitado. Um modelo em que a natureza e a saúde são apenas mercadorias e que não considera as diversidades dos povos, suas histórias, modos de vida e compreensões de mundo. É diferente de quando consideramos saúde enquanto produção de vida, algo que se faz coletivamente, na relação com a terra, o território e a natureza. Saúde se faz na relação com os outros (humanos e não humanos), no cotidiano das trocas, no alimento sem veneno (sem agrotóxicos) e culturalmente diverso, na água limpa, no ar puro. Saúde é pertencimento, identidade e cultura. Historicamente os povos indígenas vem garantindo a preservação da natureza, em toda sua diversidade, e resistindo ao processo de destruição ambiental desde o início da colonização, que se fez pela morte, expulsão e exploração desses povos. Negar o território é negar culturas, conhecimentos, modos de vida e vivências de espiritualidade que se dão na relação com a terra. É, portanto, violentar esses guardiões e ameaçar local e globalmente tudo aquilo que sustenta a vida e a saúde. Existe um Projeto de Lei, o PL 490 (PL 2903 no Senado), que já foi aprovado na Câmara dos Deputados e que precisa ser barrado no Senado Federal. Esse PL afeta diretamente os direitos dos povos indígenas à vida, à saúde, à alimentação, à cultura, à educação, à moradia, ao lazer, à liberdade. Afetando esses povos, todos são afetados: nas florestas, nas águas, no campo, nas cidades. A vida do povo trabalhador vai ficar ainda mais sufocante, com as consequências das mudanças climáticas. O PL 490/PL 2903 se baseia na teoria do marco temporal, que afirma que os povos só têm direito à demarcação de seus territórios se estavam ali em 1988. Ou seja, usa um parâmetro arbitrário, ignorando intencionalmente a presença indígena, suas culturas, suas línguas, suas ciências, suas origens e a história de suas lutas, bem como as violências, perseguições, expulsões de terras e confinamento sofridos pelos povos tradicionais na história do Brasil. O PL abre os territórios indígenas para obras de grande impacto social e ambiental, como hidrelétricas, estradas, usinas eólicas, garimpo, mineração, sem precisar consultar as comunidades envolvidas ou a FUNAI. Além disso, flexibiliza o contato com povos isolados, proíbe a ampliação de terras já demarcadas e propõe que a União tome as terras indígenas em que, da perspectiva não-indígena, “tenha havido alterações dos traços culturais da comunidade”, negando aos povos o direito à história e à mudança O PL foi aprovado em regime de urgência na Câmara dos Deputados (ou seja, sem passar por comissões e debates com a sociedade) e agora segue para votação no Senado Federal. Caso seja alterado, volta para a Câmara, e, se for aprovado, segue para sanção presidencial. Já a “tese do Marco Temporal” (Parecer 001/2017 da AGU)  vai ser votada pelo Supremo Tribunal Federal no dia 7 de junho. O PL 490/PL 2903 e o marco temporal são inconstitucionais e afrontam direitos fundamentais dos povos originários. Assim, compreendemos que é necessário e urgente a revogação imediata do Marco Temporal e da PL 490/PL 2903, e reivindicamos o direito originário previsto na Constituição Federal de 1988. A saber: Art. 231: “São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.” (CF 1988).        Precisamos nos mobilizar junto aos povos. É necessário o apoio de movimentos sociais e comunidades, instituições, organizações, órgãos internacionais e de todas as pessoas que são a favor da vida no planeta. Diversos desastres ambientais irreversíveis vêm acontecendo devido à exploração sem fim e sem freio pelos que dominam os poderes políticos e econômicos, destruindo todo tipo de vida de imediato. Precisamos da participação de todos que se importam com a vida na Terra. 03 de Junho de 2023 Assinam este documento: PREMISCA – Programa de Residência Multiprofissional Integrada de Saúde Coletiva com Ênfase em Agroecologia (UPE – SES-PE) Coletivo Pernambucano de Residentes em Saúde (CPRS) RSMF – FCM UPE (Residência Multidisciplinar em Saúde da Familia – Faculdade de Ciências Médicas, Universidade de Pernambuco) Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família do Campo – Garanhuns e Caruaru, UPE. Residentes do segundo ano do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva – UPE/FCM Núcleo Base Margarida Alves, do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família do Campo – Garanhuns. Núcleo Base Gloria Maria, do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família do Campo – Caruaru. CPT – Comissão Pastoral da Terra ONG Thydêwá – Esperança da Terra MIBA – Movimento Indígena da Bahia Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável de Pernambuco (CONSEA-PE) Rede de Sementes Crioulas do Agreste Meridional de Pernambuco (Rede SEMEAM) Movimento Camponês Popular Pernambuco (MCP-PE) Laboratório de Nutrição em Saúde Pública do Departamento de Nutrição – UFPE Grupo de Pesquisa Psicologia e Ladinidades –  Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília – UnB. Agrofeira Territorial – Garanhuns Rede Psicologia e Povos da Terra Banquinha Libertária Cordel Antifascisfa Coopanema – Cooperativa Mista dos Agricultores Familiares do Vale do Ipanema (Águas Belas-PE) Organização dos Professores Indígenas de Novo Airão – OPINA Grupo de Estudo, Sistematização e Metodologia em Agroecologia do Instituto Agronômico de Pernambuco – GEMA/IPA Associação Quilombola de Castainho Associação Guerreiras Quilombolas do Castainho Pataxó T.I. Barra Velha Observatório de Trauma Psicopolitico – USP/UNIFESP Pulsares Saúde AMIGP – Associação de Mulheres Indígenas Guerreiras Pankararu Coletiva Eu Mais Velha LACS/UPE  – Laboratório de Ações Coletivas e Saúde. Coletivo Riso da Terra Guandu Grupo Agroecológico – Assentamento Carlos Marighella Coletivo Semente das Águas Claras Sociedade das Nascentes Colibri da Mata Cecília Goēy Suñé Novossat – Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde Coletiva e Agroecologia (REMISCA – UPE) e Teia dos Povos Júlia Ireno Di Flora – Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde Coletiva e Agroecologia (REMISCA – UPE)

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Encontro “O tempo-encanto e a liberdade criativa da agricultura do Sagrado

  De 02 a 04 de junho aconteceu o Encontro “O tempo-encanto e a liberdade criativa da agricultura do Sagrado: reflorestar mentes por uma ecologia ancestral contribuindo com o Bom Conviver”, no primeiro dia aconteceu no auditório da Fiocruz em Recife – PE, nos demais dias aconteceu no território indígena Xukuru do Ororubá em Pesqueira – PE. É uma etapa da pesquisa “Promoção emancipatória da saúde em territórios indígenas no semiárido como estratégia de enfrentamento às mudanças climáticas”. O encontro contou com a participação de representantes do povo Xukuru do Ororubá – PE, do povo Tingui – Botó – AL, do Laboratório de Saúde, Ambiente e Trabalho (Lasat/Fiocruz-PE), do Núcleo Ecologias, Epistemologias e Promoção Emancipatória da Saúde (Neepes/ENSP/Fiocruz), da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo/Apoinme, grupos acadêmicos como a Faculdade de Psicologia da Universidade de Alagoas, Universidade de Pernambuco e o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Em Recife, no auditório Frederico Simões Barbosa – Fiocruz PE, aconteceu a mesa de abertura do Seminário com André Monteiro (Fiocruz- PE), Wanessa Gomes (UPE) e Alexandre Pankararu (Apoinme). A segunda delas teve como tema as Narrativas Indígenas do Nordeste: audiovisual e diálogos interculturais nas lutas por saúde, dignidade e direitos territoriais. Os palestrantes foram Marcelo Tingui e Kleber Xukuru, com moderação de Marina Fasanello (Neepes/ENSP/Fiocruz) e a participação especial de Graciela Guarani (Diretora e Roteirista de Cinema). A terceira mesa falou de uma Promoção emancipatória da saúde em territórios indígenas no semiárido: diálogos interculturais como estratégia de enfrentamento às mudanças climáticas. Os palestrantes foram Iran Xukuru e Jairã Tingui, com moderação de Marcelo Firpo (Neepes/ENSP/Fiocruz). Nos demais dias no espaço de partilha de saberes e diálogos interculturais, no Território Indígena Xukuru do Ororubá aconteceram guianças e rodas de conversa  com pesquisadores acadêmicos, pesquisadores do território, lideranças e anciãos e anciãs do Território Indígena. Por fim houve uma vivência no espaço Mandaru, local onde acontece a assembleia Xukuru, e os participantes do encontro tiveram a oportunidade de presenciar o ritual sagrado do povo, ouvir e dialogar com o Pajé Zequinha e Mãe Zenilda Xukuru, que falaram sobre a luta e resistência dos Xukuru e a história de seu grande líder Xikão. O encerramento aconteceu com uma mostra de cinema, que teve como destaque o longa metragem “Meu Sangue é Vermelho”, produzido  pela A Needs Must Film, cinematografia e direção de Graciela Guarani, Marcelo Vogelaar, Alexandre Pankararu, Tiago Dezam, Leo Otero e Thomaz Pedro. Este encontro fez parte da pesquisa que busca intensificar processos de resgate de saberes e práticas tradicionais que avancem na recuperação dos ecossistemas para a produção de alimentos e plantas tradicionais, tornando tanto os ecossistemas como as populações locais mais resilientes. O estudo é desenvolvido em dois territórios indígenas, das etnias Tingui-Botó, em Alagoas, e Xukuru do Ororubá, em Pernambuco. Ambos inseridos no semiárido e vulnerabilizados pela desertificação e agravamento de problemas de saúde. A pesquisa tem por base a edição anterior, que apontou para necessidade de apoiar e fortalecer alternativas sustentáveis e interculturais que integrem ações e práticas tradicionais de reflorestamento, de agricultura e de cuidado em saúde e sua relação com SasiSUS, no enfrentamento às vulnerabilidades emergentes e reemergentes em saúde nestes territórios indígenas (TIs). No âmbito da promoção da saúde, da agroecologia e agricultura do sagrado, estão sendo desenvolvidas também atividades de educação e formação com os Agentes Indígenas de Saúde (AIS) e Agentes Indígenas de Saneamento (AISAN), assim como a sistematização e resgate de sementes, contribuindo para restauração florestal. Além disso, está sendo realizado registro audiovisual visando a saúde do território e o engajamento de jovens na defesa do território e da cultura tradicional. O projeto faz parte do Edital Inova Indígena e dá continuidade à cooperação anterior entre a Fiocruz-PE e a ENSP. Nos anos 2021 e 2022 foi desenvolvido o projeto “Narrativas, memórias e diálogos interculturais: construindo uma rede audiovisual indígena do Nordeste como estratégia de uma promoção emancipatória da saúde para o fortalecimento do SasiSUS nos territórios”. O projeto resultou, entre outros, na plataforma http://narrativasindigenas.ensp.fiocruz.br/ que disponibiliza mais de 100 vídeos produzidos por coletivos audiovisuais Indígenas do Nordeste.

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NOTA TÉCNICA DA APOINME SOBRE O PL490/2007

  Recife/PE, 28 de maio de 2023   NOTA TÉCNICA N. 28052023- APOINME   A Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito (APOINME), a quem incumbe, promover o diálogo democrático, do acesso à informação, fundamentalmente, a orientação jurídica para os povos indígenas da sua área de abrangência, vem por meio deste, trazer considerações técnico-jurídica acerca do Projeto de Lei nº 490/2007, votada de forma urgente pelo Congresso Nacional, que tem tramitado na Casa Legislativa, e que viola os direitos constitucionais, humano e consuetudinário dos Povos indígenas do Brasil. Introdução Conforme amplamente divulgado pelo nosso departamento de comunicação, e demais veículos de informações, foi aprovado em regime de urgência o Projeto de Lei 490/2007, nessa última quarta-feira, dia 24 de maio de 2023, sendo o Deputado Federal Homero Pereira (PSD/MT) o propositor desse projeto, que tenta transferir a atribuição de demarcar os territórios indígenas para o Poder Legislativo. Dessa forma, a APOINME busca esclarecer que esse Projeto de Lei 490/2007 ofende aos preceitos jurídicos dos direitos indígenas dentro do texto constitucional, do Estatuto do Índio, da OIT, do Estatuto dos Povos Indígenas, se estabelecendo de maneira inconstitucional na sua integralidade. Projeto de Lei 490/2007 e as suas ameaças aos direitos dos povos indígenas e do meio ambiente: O Projeto de Lei 490/2007 tem surgido através dos interesses inerentes da pauta dos ruralistas e da bancada do agronegócio, que tem como ponto principal a transferência da competência da demarcação dos territórios indígenas para o poder legislativo, congresso nacional e senado. A tentativa de transformar em Lei a Tese do Marco Temporal, que inviabilizará as demarcações dos territórios indígenas ainda não demarcadas, aquelas que estão em fase de estudos, alçando também as comunidades indígenas que já tiveram seu direito à demarcação reconhecida pelo estado, todavia antes de 1988, com a justificativa de que as comunidades indígenas só teriam o seu direito territorial resguardados se estivesse sendo ocupadas por essas populações, em caráter permanente, antes da promulgação da Constituição Federal de 1988. O projeto de Lei também prevê a implementação de projetos que incentivam a construção de grandes empreendimentos que desrespeitam a presença indígena e impactam a sociobiodiversidade, sem garantir as populações indígenas a Consulta Prévia, Livre e Informada, da Convenção 169 da OIT. Ainda, o Projeto de Lei, garante que seja possível que qualquer pessoa venha a questionar o processo administrativo da demarcação dos territórios indígenas, regulamentada pelo Decreto 1775/96, abrangendo aos processos demarcatórios das áreas indígenas que já foram homologadas, além de fortalecer, no seu interior, as práticas de grilagem nas áreas indígenas conduzidas de maneira exacerbada. Assim, também permitirá o esvaziamento da discussão jurídica no que refere a distinção já existente no direito sobre a posse tradicional indígena, a partir da sua atemporalidade, que está prevista na constituição federal de 1988, dando maior ênfase ao direito civil a partir da sua posse privada, o que autoriza que o agronegócio se sobreponha aos interesses dos povos indígenas e crie possibilidade de intervenções do agronegócio nos territórios indígenas. Além disso, reformulará a política indigenista que tenta proteger as populações originárias, na perspectiva de alterar o contexto e entendimento jurídico do que é a ocupação tradicional e o usufruto exclusivo dessas populações. Ademais, o PL 490/2007 traz uma vasta violação ao direito indígena quanto a tentativa de retrocesso da política indigenista, no que tange ao regime de tutela e interacionismo, ameaçando a existência dos povos indígenas isolados. A inconstitucionalidade do PL 490/2007: Sendo assim, a APOINME vem ressaltar a inconstitucionalidade do PL 490/2007, no que concerne as ameaças ao texto constitucional e demais instrumentos jurídicos que protegem a política indigenista, uma vez que a possibilidade de transferência de competência da demarcação dos territórios indígenas viola o art. 231 da Constituição Federal, visto que o procedimento demarcatório deve ser disponibilizado pela União, protegendo e assegurando o bem viver dessas comunidades indígenas, e que consequentemente, cabe ao governo brasileiro reconhecer o direito originário dessas populações, por meio de ato administrativo de natureza declaratório. Vale mencionar que o procedimento administrativo da demarcação territorial dos povos indígena segue trâmites e etapas regulamentado pelo Decreto 1775/96 e são acompanhados por profissionais qualificados na área de estudo e delimitação da área, com a participação do órgão indigenista a quem tem competência de atuação, proteção e respeito à política indigenista, a FUNAI, além da participação de outros órgãos federais e estaduais. Quanto a tentativa de transformar em Lei a Tese do Marco Temporal, representará um profundo golpe contra ao direito de autodeterminação e afirmação dos povos indígenas, regulamentada pela Convenção 169 da OIT, confirmando as práticas coniventes de uma política do Estado que protagoniza o massacre e criminalização dos povos indígenas do Brasil, consubstanciada pela negligência com o dever constitucional de demarcar, proteger e respeitar os direitos dessas populações que permanecerem nas terras que tradicionalmente ocupam. Essa conivência apenas denuncia as condições estruturais de formação do Estado brasileiro: sem a participação democrática dos povos originários e contra a sua presença. Revela também a cumplicidade dos partidários de um programa de desenvolvimento amparado na expansão da fronteira agrícola e na exploração de terras ancestrais, contra o poder de decisão e autodeterminação das comunidades tradicionais. Ademais, quanto as inúmeras violações ao meio ambiente e a biodiversidade, os povos indígenas são o exemplo de sociedade que protegem, defendem e promovem ações que incentivam a conservação do meio ambiente. Por meio de suas práticas do dia-a-dia nos territórios e por dialogar por políticas de justiça climática, os povos indígenas buscam não apenas a garantia e manutenção do bem-viver dos seus povos, mas também possibilidades de conservação à biodiversidade e do ecossistema protegidos, que venham garantir a existência de todas as sociedades, inclusive as não- indígenas. Cabe destacar que, se for aprovado o mérito da PL 490/2007, há uma grande probabilidade de serem desenvolvidos sérios impactos ao meio ambiente, como por exemplo a intensificação das mudanças climáticas, as populações estarão mais propensas a serem afetadas pelas crises climáticas, promovendo sobretudo violações físicas, ambientais e culturais a toda a sociedade brasileira.

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“Nao há nada mais poderoso que o amor de MÃE!”

???????????????????????? 14 de Maio| DIA DAS MÃES. “Não há amor mais poderoso que o amor de mãe“. Um amor que se revela em cada detalhe, a força de um coração que bate só pra amar, que é capaz de transformar vidas, de inspirar sonhos, nossa ligação com quem nos deu a vida ou nos criou, muitas vezes são sobre-humanas a quem passa por cima de todos os obstáculos, supera e enfrenta as adversidades, o boletim, elas vivem. Dados que não se calam, lançados pela Rede de Observatórios da Segurança, registrou 2.423 casos de violência contra a mulher em 2022, 495 deles feminicídios. Enquanto que a sociedade continua repetidamente impondo o seu perfeccionismo inalcançável, se valendo do argumento de que o problema é sempre algo no privado que falta, ou seja, deixando o trabalho de pelo menos uns milhares continuar sendo investido por apenas uma. Pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas, mostra que o Brasil tem mais de 11 milhões de mães que criam os filhos sozinhas. Na última década, o país ganhou 1,7 milhão de mães com a responsabilidade de criarem os filhos sem a ajuda do pai. Ser mãe hoje implica numa conciliação pesada de diversas funções simultâneas, entre trabalho doméstico, vida profissional e a criação dos filhos. Tornando assim um lazer ou um intervalo para olhar para si mesma escasso. Porém a recompensa de ser acolhimento, proteção e paz de alguém nesse mundo faz a caminhada valer a pena. A APOINME através do Departamento de Mulheres Indígenas-DMI deseja a todas as mulheres, mães aguerridas da sua área de abrangência e de todo país um Feliz Dia Das Mães, que nesse domingo celebramos não só as flores mas também as lutas que enfrentamos diariamente por ser quem somos a própria força da natureza. DIGA A ELAS QUE AVANCEM, AVANÇAREMOS! Por Comunicação APOINME Nos sigam em nossas redes sociaisInstagram @apoinme_brasil e @apiboficial Twitter @ApoinmeOficial #DemarcaçãoJá #MarcoTemporalNão #lutapelavida #digaaopovoqueavance #DemarcaçãoÉDemocracia

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REPRESENTATIVIDADE| Publicado no Diário Oficial da União na manhã desta última segunda-feira (04/05), a nomeação do Líder Indígena Ary Pereira Bastos indígena do povo Pankara de Carnaubeira da Penha-PE, para assumir o cargo da Coordenação da Politica de Saúde Indígena, na Coordenação Geral de Promoção da Cidadania no Departamento de Promoção da Politica Indigenista da Secretaria de Articulação e Promoção dos direitos indígenas no Ministério dos Povos Indígenas. Conhecido popularmente por Cacique Ary Pankara, tem sua história marcada pela luta em defesa e proteção aos territórios e garantia dos direitos dos povos indígenas, é também Coordenador da microrregional de Pernambuco pela APOINME. O Movimento indígena está se fortalecendo nesse novo cenário de governança, e se faz necessário cada vez mais ocupar e protagonizar esses espaços e fortalecer a luta dos povos originários. DIGA AO POVO QUE AVANCE!! Por: Comunicação APOINME Nos sigam em nossas redes sociais Instagram @apoinme_brasil e @apiboficial Twitter @ApoinmeOficial

Ary Pankara assume a coordenação da Saude indigena de Pernambuco

REPRESENTATIVIDADE| Publicado no Diário Oficial da União na manhã desta última segunda-feira (04/05), a nomeação do Líder Indígena Ary Pereira Bastos indígena do povo Pankara de Carnaubeira da Penha-PE, para assumir o cargo da Coordenação da Politica de Saúde Indígena, na Coordenação Geral de Promoção da Cidadania no Departamento de Promoção da Politica Indigenista da Secretaria de Articulação e Promoção dos direitos indígenas no Ministério dos Povos Indígenas. Conhecido popularmente por Cacique Ary Pankara, tem sua história marcada pela luta em defesa e proteção aos territórios e garantia dos direitos dos povos indígenas, é também Coordenador da microrregional de Pernambuco pela APOINME. O Movimento indígena está se fortalecendo nesse novo cenário de governança, e se faz necessário cada vez mais ocupar e protagonizar esses espaços e fortalecer a luta dos povos originários. DIGA AO POVO QUE AVANCE!! Por: Comunicação APOINME Nos sigam em nossas redes sociais Instagram @apoinme_brasil e @apiboficial Twitter @ApoinmeOficial

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Governo do estado do Piauí fez a entrega do título de terra indígena

Grande conquista dos povos indígenas do Piauí, nesta última sexta feira (11), o governo do estado do Piauí fez a entrega do título de terra indígena aos Tabajara, do município de Piripiri, e também assinou mais um título a comunidade Tabajara Tapuia Itamarati, da comunidade Nazaré da Lagoa de São Francisco, onde logo estará fazendo a entrega do título a essa comunidade. De fato essa é uma notícia fantástica, que reflete a resistência e luta incansável dos povos indígenas do Piauí. Segundo o Cacique Henrique Tabajara “É com muita alegria que a gente recebe, essa titulação de terra, tanto da Piripiri e da Lagoa de São Francisco, através da secretaria de estado do governador Wellington Dias (PT), só assim estamos começando a ter acesso às nossas terras no estado”. Parabéns aos povos indígenas do Piauí e, diga ao povo que avance. Informações e fotografias de Cacique Henrique Tabajara – Coordenador da microrregional da APOINME PI Por: Comunicação APOINME #digaiopovoqueavance #nenhumdireitoamenos #somosresistencia

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