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O INICIO DO FIM DO GRANDE OPARÁ

Há vários séculos o Rio São Francisco vem sendo explorado e impactado de forma devastadora, um rio que até a década de 1980 era totalmente navegável por embarcações de grande porte, hoje em dia isso não é mais possível, o auge da exploração do Velho Chico assim conhecido no nordeste brasileiro e Opará pelos os povos indígenas que vivem na sua bacia, se iniciou na década de 1980 com as construções de quatro barragens hidroelétricas a Três Marias, Sobradinho, Luís Gonzaga/Itaparica e Xingó.

A construção dessas barragens inundaram diversos municípios, territórios indígenas e ribeirinhos, causando um impacto social, ambiental, cultural, espiritual e econômico incalculável, nessa época se inicia a teoria do caos. Hoje mais de 32 povos indígenas com uma população estimada de 70 mil pessoas, vivem e sobrevivem do Opará e presenciam diariamente a degradação do rio, pois além das barragens o Velho Chico passa por cinco estados e 521 municípios, onde a maioria do municípios não possuem plano de saneamento básico despejando seus dejetos diretamente no rio.

A presença de coliforme fecais nas águas do rio, não é o único fator que causa a sua poluição, pois o acréscimo da agricultura irrigada às margens do Opará, principalmente no norte da Bahia e o sertão Pernambucano são utilizados uma quantidade absurda de agrotóxicos, que também escoam no rio, aumentando consideradamente agentes totalmente poluentes.

Sem contar que nessa última década o crescimento de criatórios de peixes, aumentou de forma incontrolável, nos reservatórios hidrelétricos do Submédio e Baixo São Francisco. Estudos têm apontado impactos negativos causados à qualidade da água e a biodiversidade pela atividade pesqueira não extrativa, devido à realização intensiva e em alguns casos inadequada, sem os devidos cuidados, pela liberação de nutrientes (Nitrogênio e Fósforo), provenientes da ração e fezes dos peixes, associado ao uso de antibióticos e hormônios.

Há quase uma semana as comunidades residentes às margens do Opará no Submédio São Francisco, Itamotinga distrito de Juazeiro – BA, estão vivendo sob alerta devido a uma contaminação que matou centenas de peixes e deixou as águas sem condições de uso e consumo para população, segundo análises divulgadas inicialmente identificou-se que há uma grande falta de oxigenação, ou seja, não se trata de um fenômeno natural.

Se esse progresso do caos continuar, o nosso Velho Chico que é considerado o rio de integração nacional, estará com seus dias contados, para os mais de 32 povos indígenas que vivem em sua bacia, o grande Opará e um Deus vivo, morada de seus ancestrais, a morte dele não será apenas a morte de mais um rio, e sim a morte de toda uma população que vive e sobrevive dele.

E DIGA AOS POVOS QUE AVANCEM, AVANÇAREMOS!

SOMOS OS GUARDIÕES DA NATUREZA.

RIO SÃO FRANCISCO PRESENTE.

Por Comunicação APOINME

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