Em 08 de agosto , a assessoria jurídica da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santos- APOINME, representados pelos advogados indígenas Júnior Pankararu,
Luiza Tuxá e Maynamy Xukuru-Kariri fizeram uma visita no território indígena do Povo Anacé, Aldeia Parnamirim, no estado do Ceará.
Na oportunidade, os advogados indígenas compreenderam o contexto de violência que o povo Anacé tem vivenciado em quase um mês de conflito e ameaças físicas, somado a anos de vulnerabilidade econômica e sociocultural. Desde o dia 18 de julho os integrantes da aldeia Parnamirim têm sido vítimas ações truculentas dentro da sua área de autodemarcação.
Segundo informações, aproximadamente 30 indivíduos encapuzados ligados aos Setores do Agronegócio e Imobiliário da região, adentraram na área de autodemarcação na madrugada do dia 18 de julho e fizeram vários disparos de arma de fogo em direção às casas do Povo Anacé, e em seguida equipados de tratores derrubaram as barracas das 46 famílias indígenas Anacé, destruindo inclusive áreas de plantação e o cemitério desta comunidade.
Assim, fica visível que os indivíduos não indígenas – ligados a lideranças dos setores do agronegócio, industrial e imobiliário da região, bem como há o interesse da Prefeitura Municipal de usufruir da área e dos recursos naturais -, têm realizado severas ameaças físicas, ataques e atos de destruição contra esse povo, empregando-se de arma de fogo para expulsar os indígenas e amedrontar estes de permanecerem dentro do seu próprio aldeamento.
O Jurídico da nossa organização na época dos primeiros acontecimentos deu os encaminhamentos em favor dessa comunidade, e ainda seguirá no acompanhamento jurídico desta comunidade dando as suas devidas diligências.
Por Departamento Jurídico da APOINME
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