Nossos anciões são nossos livros vivos que disseminam no seu povo a memória da cultura, tradição e costumes. No dia 10 de agosto de 2024, nós Povo Tupinambá de Olivença, perdemos uma grande guerreira, D. Zélia (Euzélia Mendes) da comunidade do Santana, do TI Tupinambá de Olivença, ela se ancestralizou.
D. Zélia deixa na memória do seu povo as lembranças de uma mulher que sempre motivou e incentivou a permanência dentro do seu território das festividades tradicionais como a Puxada do Mastro e a Festa da Bandeira do Divino Espírito Santo.
Com suas vestes toda colorida, os seus enfeites na cabeça, com o formato do Manto, que só usava no tempo de festividades, espalhava os seus versos e cantos durante todo o tempo das festividades, emanava, por onde passava muita alegria e arrancava muito sorriso dos seus parentes Tupinambá e dos não indígenas que viam prestigiar as nossas festividades.
Guardiã da nossa ciência ritualística e promotora da cultura do povo Tupinambá, nos deixa agora e vai se encontrar na morada dos encantados, mas uma semente para ser colocada no nosso maraká. D. Zélia estará presente em nossas memórias, sempre que pisarmos no chão da aldeia, ramear no nosso poransy e balançar no maraká ela estará presente.
Texto: Ju Tupinambá
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